Os Fundos internacionais são um dos tipos de investimentos procurados pelos brasileiros que desejam aplicar seu dinheiro em ativos dolarizados.
Em momentos de desvalorização do real, é normal que os investidores busquem ativos negociados fora do país, ou cotados em dólar, para fazer com que suas carteiras acompanhem a valorização da moeda estrangeira.
De acordo com o Banco Central, o Brasil já soma mais de 60 milhões de reais investidos em ativos estrangeiros.
Assim, é importante conhecer os fundos de investimento internacionais para descobrir diferentes possibilidades de diversificar o seu patrimônio e protegê-lo contra a desvalorização do real.
Por isso, neste artigo você encontrará várias informações sobre os Fundos internacionais: o que são, quais os tipos, vantagens e desvantagens desses ativos internacionais, quais são os fundos de investimento americanos, entre outras.
Índice
Para entender o que são os fundos de investimento internacionais, é preciso entender o que é um Fundo de Investimento primeiro.
É um modo de aplicação financeira, construído a partir da junção do capital de vários investidores.
Isto se dá através da aquisição de cotas, que formam o montante financeiro a ser gerenciado por um gestor.
Para poder investir em um fundo de investimento é importante que o investidor possua o mesmo perfil dos investidores do grupo.
Este perfil ajuda a ditar as movimentações que ocorrerão no fundo.
Ele se encontra disponível no site da B3, para consultas.
Além disso, o tipo de investimento em fundos é disponibilizado para certos perfis de investidor, de acordo com o risco no qual está disposto a correr.
Para descobrir se o investimento em fundos internacionais é recomendado para você, é necessário fazer o teste para identificar o seu perfil de investidor
Os fundos internacionais nada mais são que fundos de investimento com aplicações em ativos internacionais.
Eles são negociados na Bolsa de Valores brasileira e possuem divisões de acordo com as características de suas alocações.
Logo, podemos citar os tipos de Fundos de Investimento internacionais disponibilizados na B3:
Possuem a maior parte do seu portfólio composto por ativos internacionais de renda fixa.
Como exemplo, temos as debêntures de empresas multinacionais e os treasury bonds (títulos de dívida pública dos EUA).
É um tipo de investimento protegido das variações do câmbio, indicado para investidores de perfil conservador.
Este tipo de fundo pode possuir na sua carteira ações, commodities, derivativos e outros ativos de renda variável.
É uma aplicação recomendada para os perfis moderado e arrojado, visto que sofre o risco das variações de mercado.
Os fundos cambiais são voltados para as negociações com moedas de fora do país.
Por possuírem maior risco quando comparados aos fundos de renda variável, são indicados para os investidores de perfil arrojado.
Já este tipo de fundo, possui em seu portfólio de investimento as criptomoedas.
A aplicação não deve ser necessariamente neste único ativo. É possível que haja outros ativos investidos.
Também é um tipo de investimento que possui maior risco envolvido.
São o tipo de investimento que busca juntar vários tipos de ativos.
O seu risco está associado aos ativos nos quais o gestor decidirá alocar, podendo estes possuírem maior ou menor risco.
Até este momento algumas perguntas já foram respondidas sobre os Fundos internacionais, o que são, e quais tipos de fundo de investimento internacional estão disponibilizados nas corretoras brasileiras..
Contudo, falamos pouco do porquê o investidor brasileiro deve se atentar para esse investimento internacional.
Nos últimos dois anos observamos o impacto que condições externas possuem na economia do país e no mercado financeiro.
Quedas de juros tornaram os investimentos em renda fixa pouco atrativos para o investidor.
Ao passo que as alocações apenas no mercado brasileiro também não conseguiam acompanhar o aumento da cotação do dólar.
Portanto, o investimento internacional se tornou uma saída para os brasileiros que buscam aumentar a sua rentabilidade e proteger a sua carteira.
Mas acompanhar o mercado internacional nem sempre é uma tarefa fácil.
Além de possuir horários diferentes de negociação, quando comparado ao pregão da B3, as informações das empresas e seus fatos relevantes são disponibilizados em diversas plataformas de diferentes países.
Isso acaba por dificultar a obtenção de conhecimento assertivo pelo investidor, e a sua tomada de decisão quanto ao investimento internacional.
Os fundos de investimento no exterior são uma alternativa para esses investidores que possuem dificuldades de manter os estudos e acompanhamento do mercado internacional em dia.
O gestor do fundo é um profissional qualificado para gerir o portfólio de ativos e para buscar maiores rentabilidades para os cotistas.
Há também outras vantagens neste tipo de investimento, mas vale lembrar que como todo investimento fora do país, os fundos de investimento no exterior também possuem algumas desvantagens para o investidor.
Diversificação: comum aos investimentos internacionais, obter ativos cotados em dólar faz com que o investidor consiga trabalhar com estratégias para proteção de carteira, de modo a diminuir o impacto das instabilidades econômicas do Brasil.
Facilidade: a possibilidade de investir em ativos internacionais, como nas cotas de fundos de investimento americanos, através da B3, simplifica o processo outra hora custoso para o brasileiro.
Risco de mercado: os ativos internacionais também estão sujeitos a sofrerem oscilações de acordo com as notícias políticas, econômicas e das empresas de seus respectivos países.
Variação cambial: ativos cotados em moeda estrangeira estão sujeitos às variações do câmbio, sendo o dólar um grande influenciador dos preços de mercado.
Logo, é possível visualizar que sempre haverá riscos inerentes às operações realizadas na Bolsa de Valores.
Por isso, é muito importante que antes de começar os investimentos, você saiba qual é o seu perfil de investidor.
Além de saber o seu perfil, é necessário abrir a conta em uma corretora.
A seguir, vamos mostrar como investir em fundos internacionais.
O Brasil já possui corretoras que disponibilizam este tipo de ativo para seus clientes.
Elas possuem fundos em dólar e em reais.
Para saber quais são os fundos ofertados por cada corretora, é necessário avaliar cada uma.
Caso queira uma ajuda para conhecer as corretoras existentes no mercado, acesse o nosso Guia de Corretoras.
Após abrir a conta em uma corretora, é necessário enviar o dinheiro para sua conta corrente.
Pronto! De maneira facilitada, já pode começar a investir nos melhores fundos de investimento internacionais.
Para você que vai iniciar os suas aplicações neste tipo de ativo, saber quais são os melhores fundos de investimento internacionais para investir não é uma tarefa trivial.
Portanto, vamos dar uma dica de fundos que já estão chamando a atenção no mercado financeiro.
Os fundos internacionais mais facilmente acessados pelo investidor brasileiro são os negociados na B3, justamente pela sua falta de burocracia e valores acessíveis para realizar os investimentos.
Portanto, os melhores fundos internacionais para o investidor local são estes disponibilizados pelas corretoras do país.
Alguns fundos se destacam entre as opções, seja pelos ativos que possuem, ou pelos índices que replicam:
Este fundo possui em seu portfólio ativos de empresas que trabalham com biotecnologia e na área da saúde. Devido ao Covid-19, estas companhias apresentaram um aumento significativo de demanda pelos seus papéis.
Reconhecido fundo de renda variável, com 95% do patrimônio investido em ações internacionais. O objetivo é fazer com que os acionistas possuam um maior capital à longo prazo, seguindo a estratégia de Buy and Hold.
Cerca de 65% do seu patrimônio está alocado em ativos fora do país. É um fundo de investimento multimercado voltado para os investidores dos perfis moderado e arrojado.
Há também fundos que seguem índices já existentes, como este, por exemplo, que fundo que acompanha as 500 maiores empresas da bolsa americana, através do S&P 500. É possível optar por investir neste fundo em dólar ou em reais.
Já este fundo, segue um índice que representa empresas chinesas, MSCI China ETF.
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Os fundos internacionais são apenas uma opção de investimento, diretamente do Brasil, em ativos do exterior.
Os BDRs, contratos futuros e outros tipos de derivativos também podem permitir a aquisição de ativos estrangeiros pelos brasileiros.
Logo, os fundos que possuem capital investido em ETFs de diferentes países e com alocação em ações de companhias negociadas em mercados externos são apenas uma das possibilidades disponibilizadas para qualquer investidor do Brasil.
Após a autorização concedida pela B3 para a negociação de BDRs não ser exclusiva dos investidores qualificados, esses ativos começaram a possuir grandes volumes de negociação no país.
Os BDRs representam os investimentos em empresas estrangeiras.
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Os contratos futuros são ativos negociados na Bolsa de Valores de commodities, moedas, índices, juros, ações, entre outros. Contratos de dólar são comumente negociados na Bolsa brasileira. O que irá variar entre estes contratos é o seu prazo de vencimento.
Os derivativos, que são instrumentos que possuem o seu preço alterado de acordo com um ativo-objeto, também são exemplos de um investimento internacional, caso o seu ativo-objeto seja negociado no exterior.
Muitos investidores possuem dúvidas em relação à declaração de investimentos em fundos internacionais.
O que a maioria não sabe é que a tributação destes tipos de fundo ocorre da mesma forma que os outros fundos disponíveis na Bolsa de Valores brasileira.
Ou seja, a alíquota que abaterá sobre a base de IR calculada, quando houverem liquidações ou resgates, é de 15% sobre o lucro.
Já os dividendos recebidos no exterior são tributados diretamente na fonte, porém sobre alíquotas que podem variar, de acordo com a seguinte tabela progressiva:
Os dividendos e o IR pago devem ser informados na Declaração Anual de IR.
Da mesma forma, as posições em carteira e os lucros e prejuízos obtidos no ano de referência também precisam ser descritos na declaração.
Com o aumento de investimentos em ativos do exterior, a Receita Federal está atenta às declarações de investimentos no exterior para residentes brasileiros.
Por isso, você deve garantir que a sua declaração esteja de acordo com o exigido por esse órgão governamental.
Não há resposta certa para essa pergunta, visto que ela depende das suas necessidades de diversificação de carteira, associadas ao seu perfil de investidor.
Sabemos que é importante escolher bem quais os fundos internacionais nos quais você pretende realizar o seu aporte.
Para isso, pesquise e estude mais sobre os fundos de seu interesse, buscando no site do próprio fundo, conhecendo o seu gestor e sua equipe administrativa.
Exemplo de fundos internacionais: site Morgan Stanley Global
Você também deve analisar os custos de investimento nos fundos internacionais, como a taxa de administração, taxa de permanência e taxa de performance, caso tenha.
A Lâmina do Fundo é o documento que possui as informações a respeito da sua liquidez e as regras de resgate das cotas do fundo.
Para ver as outras informações que uma Lâmina de Fundo deve possuir, consulte o site do governo voltado aos investidores na bolsa.
Apesar de os lucros passados não garantirem lucros futuros, também é importante analisar o histórico de performance do fundo ao longo dos anos.
Isso vai permitir com que você identifique se os gestores buscaram adequar bem as suas estratégias de acordo com os momentos de mercado, de forma a buscar a melhor rentabilidade para os seus cotistas.
Quer conhecer outros ativos internacionais e outras formas de lucrar com os investimentos no exterior? Continue consumindo os conteúdos do nosso blog:
Investir em dólar: 5 coisas que você precisa saber
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