Entenda neste artigo como funcionam fundos de investimento e o que é necessário aprender para começar a investir.
Lidar com finanças e investimentos é algo que, por vezes, parece muito difícil.
Seja para entender como funciona, para investir ou mesmo para saber em qual fundo aplicar, é preciso ter um conhecimento prévio.
Afinal, lidar com dinheiro e correr o risco de sair do controle ou receber menos que o esperado pode ser um tanto quanto frustrante.
No entanto, ainda que o investimento pareça bastante complicado, com um bom conhecimento e investindo no fundo correto, os resultados podem ser surpreendentes: o retorno normalmente é mais alto e pode ser tão seguro quanto guardar o dinheiro em uma poupança.
É preciso começar do básico!
Para investir, além do dinheiro, é preciso entender os conceitos.
Para aplicar um investimento, o primeiro passo é escolher uma corretora e, depois, um fundo de investimento.
Entretanto, essa etapa é mais difícil do que parece, já que dados da Valor Econômico mostram o Brasil é o país com o maior número de fundos de investimento do mundo!
Índice
Na prática, ele funciona como uma aplicação coletiva.
É mais ou menos como funciona em uma formatura de escola: os alunos (investidores) investem dinheiro para que a sala toda possa viajar ao final do ano.
Ou seja, um fundo de investimento nada mais é que uma aplicação coletiva, na qual várias pessoas investem para um bem maior.
No entanto, é preciso ver o fundo não como um produto, mas, sim, como um serviço.
Ou seja, ao investir dinheiro em determinado fundo, você permite que o gestor o invista por você em ativos vistos por ele como uma boa oportunidade.
A parte que você recebe o dinheiro de volta funciona como uma compra.
Ou seja, o fundo disponibiliza uma quantidade de cotas por um determinado valor, o que permite que várias pessoas comprem as cotas disponibilizadas.
Assim, o valor total de todas as cotas é aplicado e investido.
Depois, se o fundo tiver ganhos, o valor investido é redistribuído entre os compradores.
Funciona assim: se um fundo teve R$ 100 de lucro e vendeu 100 cotas, ele distribuirá R$ 1 por cota. E, se um investidor comprar dez cotas, por exemplo, ele receberá, então, R$ 10.
Essa, no entanto, é uma pergunta que não tem uma resposta clara.
Com mais de 1,1 mil fundos de investimentos disponíveis no mercado, não é possível definir um fundo certo para investir, mas, sim, um que atenda às necessidades de quem investe.
É preciso sempre lembrar que, ao começar a investir, as escolhas não são feitas sozinhas. A corretora escolhida tem em seu time uma equipe de profissionais que ajudará o investidor a investir no que for melhor para ele.
No entanto, é bom entender que cada fundo tem um objetivo.
Você pode investir em um fundo de renda fixa, commodities, imobiliário, ações, etc. – a cartilha é grande.
Na hora de escolher, é preciso estar atento ao objetivo daquele fundo, assim como quem é o gestor dele, ou seja, quem cuidará do investimento total do fundo.
Na hora de conhecer o gestor, uma boa dica é ir atrás do histórico de investimentos daquela empresa – os gestores normalmente são empresas. Isso é facilmente encontrado pela internet.
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Diferentemente da poupança, não é todo investimento que permite que você retire o dinheiro quando quer.
Alguns deles demandam um determinado tempo para que o investidor remova o dinheiro e receba os ativos investidos. Determina-se esse tempo pelo D+, que indica a quantidade de tempo que o investidor precisa investir no fundo de investimento para que possa retirar o rendimento.
A partir disso, é possível encontrar fundos com liquidez D+1. Ou seja, que só é necessário um único dia para que o investidor possa retirar o dinheiro, assim como D+60, no qual só pode-se retirar o ativo após 60 dias do investimento.
Vale lembrar que, quanto menor o número, maior é a liquidez daquele fundo.
E, em casos de vários dias necessários para a retirada, é preciso ter paciência e planejamento.
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Na hora de escolher o fundo, é primordial saber qual é o indicador de referência, também conhecido como benchmark.
Determina-se o indicador de referência para o fundo de acordo com seu objetivo, o que permite que o investidor entenda mais sobre ele e como será feito o rendimento.
É o benchmark que normaliza o teto do valor que retorna ao investidor.
Alguns benchmarks conhecidos são Ibovespa, CDI, IPCA e IGP-M. O IPCA, por exemplo, é famoso para os contratos de aluguel que envolvem investimentos de seguro-fiança ou depósito caução, assim como o IGP-M.
Com ambos os conhecimentos citados acima, é hora de saber como funcionam as taxas. Os fundos de investimento possuem duas: a de administração e a de performance.
São elas que influenciam os rendimentos do seu investimento.
A taxa de administração funciona a partir de uma taxa anual, cobrada pela instituição que administra o fundo.
Ou seja, para cada tipo de fundo, há uma porcentagem e uma data de cobrança, o que implica em maiores e menores rendimentos. Eis, portanto, a importância de olhar bem a taxa de administração antes de investir.
A taxa de performance, entretanto, funciona de outro jeito. Em linhas gerais, é como se fosse um bônus: o gestor recebe um alto valor por ter passado da rentabilidade esperada. Assim como na taxa de administração, para a taxa de performance, cada fundo tem um referencial.
Identificar os riscos de cada fundo de investimento depende sempre dos fatores citados acima: se o gestor tem um bom histórico, se as taxas estão adequadas, o valor de investimento e o valor que pode ser retomado.
A corretora deve prever todos esses riscos e esclarecê-los para o investidor antes que o investimento seja feito.
Uma maneira de avaliá-los é observar as quedas de ações e o histórico dos indicadores de referência. É possível observar, por exemplo, a volatilidade dos ativos ao longo de um determinado período de tempo.
Assim, é preciso avaliar qual é o objetivo de começar um investimento.
Se a expectativa for ter mais dinheiro a longo prazo, é preferível escolher um fundo que não tenha a necessidade de renda alta em curto período.
Agora, se o objetivo for salvar dinheiro para comprar um produto no futuro, como um smartphone LG, é preciso pensar qual fundo se encaixa melhor.
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