Comprar em moedas estrangeiras, em especial o dólar, é uma opção que muitos se perguntam, principalmente nos momentos de crise que vivemos. Com a desvalorização do real e o dólar alto, muitos acabam investindo nessa opção para não perder ainda mais.
Especialistas indicam que comprar moeda estrangeira não é um investimento ruim, mas que o momento é de cautela e deve ser analisado com calma.
Índice
A pandemia teve um forte impacto na economia mundial.
O isolamento social fez com que um cenário instável se instaurasse.
No Brasil, o cenário é ainda intenso com notícias que chocam.
Milhares de pessoas, sem ter o que comer, procuram comprar até ossos de animais para se alimentar.
O aumento de preço do combustível choca.
As incertezas com os gastos públicos no Brasil, além das reformas tributária e administrativa, mexeram com o desempenho do real em comparação com as outras moedas.
Com uma avalanche de notícias, o dólar acabou disparando e já chega a uma alta acumulada de mais de 5% em 2021.
Muitos ficam em dúvida se investir em dólar é um bom negócio no momento atual.
A cotação do dólar no país varia de acordo com a oferta e a procura.
Com a pouca circulação da moeda americana no Brasil, o preço foi às alturas.
O Banco Central também consegue interferir em suas ações quando, por exemplo, compra dólares.
Com o país instável economicamente, investidores não colocam dinheiro no Brasil e há também uma escassez.
O dólar de turismo refere-se à moeda que trocamos para viagens, geralmente, a mais cara. Já o dólar comercial é aquele que é movimentado por empresas e bancos em suas negociações.
Independente do tipo de dólar, ambos retratam uma moeda forte e estável.
Sendo assim, elas sobrevivem diante, tanto da instabilidade econômica, quanto da desvalorização imposta pela inflação.
O euro e o dólar, por exemplo, são moedas fortes com um desempenho consistente. A estabilidade política dos países consegue dar base para que essas moedas continuem firmes, mesmo diante das oscilações da economia mundial.
O investimento em moedas estrangeiras é uma alternativa para quem quer diversificar nos investimentos.
Geralmente, a melhor época para comprar uma moeda como essas é quando a cotação está baixa, diferente do momento atual, no qual o dólar alto se destaca.
Com a cotação em alta, os custos para compra acabam não compensando.
No entanto, como as oscilações são constantes, é possível que a moeda se valorize ainda mais, mesmo que venha a cair no futuro.
Outra opção seria a de investir na bolsa de valores em empresas que acabam lucrando com o dólar em alta.
Essa seria uma forma de aplicar de olho na cotação do dólar.
Investir em empresas que, por exemplo, vendem produtos que tiveram aumento em dólar pode se tornar uma alternativa. Exportadoras podem se dar bem com a alta cotação do dólar.
É preciso observar o desempenho dessas empresas e como elas se beneficiam com o dólar alto.
Um setor, em particular, que está indo bem é o de papel e celulose, com a valorização desse produto no mercado externo.
Antes de investir, é necessário pesquisar em quais empresas vale a pena apostar.
Enquanto a alta do dólar pode ser negativa para muitos, ela pode ser positiva para alguns.
Há de se analisar os fatores citados acima. Empresas que exportam produtos podem se beneficiar com uma cotação mais alta.
Já o viajante que quer comprar dólar para uma viagem acaba perdendo com a desvalorização.
Com os viajantes desencorajados a viajar para outros países, eles podem acabar fazendo jornadas dentro do Brasil, injetando um capital que iria para fora dentro dos estados brasileiros.
Assim, o cenário é complexo e as diversas camadas da alta do dólar precisam ser analisadas.
Os investidores precisam observar o panorama geral e entender como investir, de acordo com as oscilações da moeda.
Os tipos de investimento também variam, de acordo com o perfil do investidor.
Existem três tipos de perfis, com características específicas para cada um deles:
O investidor conservador é aquele que preza pela segurança.
Esse tipo de investidor prefere manter sua renda e investir em produtos de baixo risco, como os de fundos de renda fixa, tesouro direto e CDB, ou ainda aplicar de olho no longo prazo. O objetivo é preservar seu patrimônio.
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O investidor arrojado é aquele que não tem medo.
Esse tipo de investidor quer aumentar o seu patrimônio e não teme arriscar por isso.
No entanto, é sempre preciso ter uma reserva de emergência, além do dinheiro investido, que possa contar quando precisar. O investidor arrojado vai apostar em boas rentabilidades e aceitar mais riscos.
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O investidor moderado, por sua vez, tem características tanto dos conservadores, quanto dos arrojados.
Esse tipo de investidor tem versatilidade: nem aposta em rentabilidades altas nem na segurança completa. Assim, os moderados diversificam para ganhos em prazos diversos.
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Assim, é preciso saber que tipo de investidor você é e o quanto de risco pretende correr. De toda forma, a diversificação dos investimentos é a palavra-chave para todos os investidores.
É importante não colocar todo o dinheiro em um único tipo de investimento. Mesmo para os mais arrojados, é preciso não apostar tudo em somente um ativo. O risco acaba sendo grande. O ideal é variar.
Ir para o tudo ou nada não é uma opção sábia. Se algum tipo de investimento sofre uma queda brutal, ainda dá para equilibrar com os outros.
Assim, é essencial diversificar e distribuir a carteira de acordo com os riscos. Os riscos são diluídos. Ninguém quer apostar tudo em uma coisa só e perder tudo de uma vez.
Outro fator importante, principalmente no investimento no dólar, é definir os objetivos e prazos.
Dependendo para qual finalidade é aquele dinheiro acumulado, pode ou não valer a pena.
Um investimento para daqui um ano é diferente daquele que é para dez ou 15 anos.
É preciso colocar no papel se o investimento é para curto, médio ou longo prazo e analisar as possibilidades de determinado cenário.
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