Você com certeza já ouviu falar em bitcoins. Mas você sabia que as bitcoins não são as únicas moedas digitais?
Neste mercado de criptoativos existem muitos outros ativos além do bitcoin. E hoje quero lhe mostrar o que mais existe neste vasto mercado.
Vamos dividir estes ativos em três grande categorias: criptomoedas, plataformas de blockchain e tokens. Dentro de cada uma delas, mostrarei os subtipos e suas características que as diferenciam entre si e, por consequência, tornam este mercado tão rico de oportunidades e diversidade.
Índice
Criptomoedas são moedas virtuais utilizadas para transações comerciais online, assim como o real e o dólar. A diferença é que elas não existem na forma física.
Elas são criadas por sistemas computacionais descentralizados, independentes de qualquer tipo de Banco Central. Isso significa que não é necessário que um banco intermedeie transações, sendo possível realizar pagamentos por conta própria. A própria rede descentralizadas de computadores, responsáveis por verificar a veracidade das transações, realiza-as.
A mais conhecida destas tecnologias descentralizadas é a blockchain.
Surgidas em 2009, tendo o bitcoin como pioneiro, esse tipo de moeda atraiu muita gente para um novo mercado e fez explodir sua valorização (em 2019, uma única moeda valia US$ 19.000).
As principais características de uma criptomoeda são: a descentralização; a exclusividade da forma digital; e a utilização de criptografia para validação de saldos e manutenção da segurança.
Porém, como disse anteriormente, o bitcoin foi o pioneiro. Dele, surgiram diversas criptomoedas com propostas iguais, similares ou completamente diferentes. Vou exemplificar algumas para você entender melhor.
O bitcoin é, por si, uma criptomoeda que tem uma privacidade parcial. Explico.
Em uma transação de bitcoin, não existe o nome dos envolvidos. Apenas a chave pública criptografada que liga às carteiras de cada um dos envolvidos (remetente e destinatário). No entanto, tendo acesso a essa chave pública, pode-se verificar as transações realizadas, o saldo atual, e o volume financeiro (em BTC) movimentado.
Além do que é possível ligar a chave pública ao usuário, com um pouco de empenho e investigação.
Em contrapartida, existem as criptomoedas de privacidade, as quais, como o próprio nome já diz, tem como prioridade a irrastreabilidade dos dados dos envolvidos na transição. Podemos citar como exemplo a Monero, ou a ZCash como moedas de privacidade.
Em outra vertente, temos as criptomoedas de transação rápida. Como você já sabe, o bitcoin leva, atualmente, em torno de 10 minutos para ser transacionado, podendo superar esse tempo, dependendo do nível de congestionamento da rede.
Isto se deve ao tempo de criação de cada bloco na blockchain. Algumas moedas utilizam o tempo de bloco menor, ou criam soluções para tornar as transações instantâneas ou, pelo menos, mais rápidas que o bitcoin. A ripple (XRP) é um destes exemplos.
Por último, temos as moedas lastreadas, que podem, por sua vez, ser estáveis ou ter seu preço atrelado a alguma medida. Falando desta forma, soa complicado. No entanto, é bem simples: são criptomoedas cujo preço segue alguma moeda ou ativo real, como o dólar por exemplo.
O segundo maior criptoativo do mercado é conhecido como Ethereum. Mas você sabia que “Ethereum” não é um criptoativo em si? Na verdade, Ethereum é o nome da plataforma que tem um criptoativo próprio: o ether (ETH).
“Mas o que é uma plataforma de blockchain?”, você deve estar se perguntando. Explico.
A blockchain surgiu como a estrutura descentralizada por trás do bitcoin, com a finalidade de registrar, de forma descentralizada, as transações. Existem milhares de mineradores que fornecem poder computacional à blockchain, apenas para verificar transações.
Vitalyk Butherin, o criador da Ethereum, viu uma utilidade na blockchain, que vai muito além da transação monetária. Se a blockchain é uma fonte de poder computacional tão grande quanto se queira, por que não utilizá-la para o armazenamento de informações ou, até mesmo, a criação de aplicativos descentralizados.
E assim surgiu a Ethereum, a primeira plataforma de blockchain. Conforme o projeto foi evoluindo, as suas utilidades foram aumentando.
As duas principais utilidades da Ethereum, assim como das demais plataformas de blockchain (EOS, Cardano, entre outras), são a criação de aplicativos descentralizados e a utilização de contratos pré-programados e autoexecutáveis (os smartcontracts). Vamos falar um pouco sobre cada uma delas.
Os aplicativos descentralizados, ou dApps, são como os aplicativos normais, só que sem uma empresa ou entidade central que tenha autoridade total sobre eles. Cada app criado na Ethereum está lá, e tudo que acontece nele, é registrado na blockchain da Ethereum e, portanto, é transparente e imutável. Eis a principal vantagem frente ao modelo tradicional. Além do que, o aplicativo nunca vai deixar de existir caso a empresa queira descontinuá-lo, porque não tem uma empresa por trás. É tudo distribuído e descentralizado.
Já os smartcontracts são como contratos reais, porém, em vez de escritos em português e em uma folha de papel, ele é programado. Estes contratos trazem uma versatilidade muito grande para a Ethereum. Os próprios dApps funcionam através de smartcontracts.
Tanto a execução dos dApps, quanto dos smartcontracts, é cobrada pela rede em ether (ETH). Tudo que acontece na Ethereum é pago em ETH.
Por fim, um smartcontract em específico, deu origem a uma nova modalidade de criptoativos. É possível criar uma unidade de valor digital, como uma própria moeda, dentro da própria Ethereum.
O contrato em questão é o famoso ERC-20, que possibilita a criação de tokens.
Os tokens são unidades digitais que podem representar um valor dentro de um ecossistema específico, uma vantagem, um direito ou, até mesmo, uma fração de valor mobiliário.
Existem diversos tipos de tokens mas, aqui, citarei os três principais: tokens de utilidade, tokens de valor mobiliário e tokens de ativos digitais.
Os tokens de utilidade são utilizados em ecossistemas digitais proporcionando vantagens e/ou serviços aos seus usuários.
Para tornar mais claro como isso funciona, vamos a alguns exemplos.
O primeiro que eu gosto de citar é o Binance Coin (BNB), token da Binance, principal corretora de criptoativos do mundo. Com o BNB você pode pagar as taxas de transação dentro da corretora, obtendo descontos, além de ter acesso a diversos serviços da corretora onde é obrigatório o uso do token.
Outro utility token interessante é o Chilliz, da plataforma Socios.com. O utility token CHZ te dá acesso a vantagens de times de futebol e de outras ligas esportivas parceiras da plataforma, como votação do próximo modelo de uniforme, por exemplo.
A mensagem que você deve tirar daqui é: tokens de utilidade representam uma utilidade, valor ou vantagem para um ecossistema específico. Vale ressaltar que grande parte dos utility tokens são emitidos na Ethereum, no padrão ERC-20.
Ao contrário dos tokens de utilidade, os security tokens são representações digitais de algo que contém valor real, como uma obra de arte, um imóvel ou até mesmo uma empresa.
Os security tokens, por ter um lastro atrelado a valores mobiliários, são regulados por entidades do mercado tradicional e, portanto, são mais difíceis de se encontrar em corretoras de criptoativos.
Os tokens de digital assets são uma modalidade de tokens exclusivos do Mercado Bitcoin, que dão a seus clientes uma opção de diversificação no mercado cripto.
Trata-se de tokens de ativos alternativos, como precatórios ou consórcios, ativos de ticket alto no mercado tradicional que, devido à tokenização, se tornam acessíveis a todos os investidores.
É uma forma de ter o pé no mercado tradicional, com menor volatilidade, sem sair do mercado cripto! Além disso, estes tokens podem ser negociados dentro da corretora com alta liquidez.
Estes são os principais tipos de ativos presentes no mercado cripto que você deve conhecer! Caso queira negociá-los, acesse o Mercado Bitcoin, onde você pode comprar criptomoedas, criptoativos de plataformas, utility tokens e digital assets!
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