O que é Enterprise Value (EV) e como calcular?

Quem investe em ações costuma usar diversas métricas em sua análise para saber se vale ou não a pena o investimento em uma determinada empresa, sendo um desses indicadores o Enterprise Value (EV).

O EV (Enterprise Value) é um índice que ajuda a mensurar o valor de uma empresa, embora ele possua algumas limitações quando analisado de forma isolada.

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O que é o Enterprise Value?

Enterprise Value, traduzido ao português, significa valor da empresa, e nada mais é que uma métrica usada para mostrar o valor total de uma organização na capitalização do mercado de ações.

Resumidamente, essa métrica tem como objetivo demonstrar o valor real de uma determinada companhia.

Até porque, nem sempre o valor praticado no mercado reflete o seu valor verdadeiro.

Para se calcular o valor justo das ações, o EV considera três aspectos diferentes da organização: precificação de mercado, passivos e ativos.

A precificação de mercado nada mais é que a cotação das suas ações, os passivos são as obrigações que a empresa possui tanto no curto quanto no longo prazo, e os ativos são os seus bens e direitos como caixa e contas a receber.

Para que serve o Enterprise Value?

No mercado de ações o Enterprise Value serve como importante ferramenta na comparação de empresas que possuem estruturas de capital distintas.

Sendo assim, é possível saber quando as ações estão subavaliadas ou sobreavaliadas. Essa métrica também é de suma importância em caso de aquisição de empresas.

Além disso, ela também serve como base para outros indicadores financeiros que medem o desempenho das organizações no mercado.

Só para ilustrar, o EV/EBITDA é um dos indicadores da análise fundamentalista utilizado por investidores que usa o Enterprise Value na sua avaliação.

Esse indicador compara o valor de uma empresa em relação a sua capacidade operacional de gerar receita. Ou seja, é uma métrica bastante usada para saber se vale ou não a pena investir naquela organização.

Qual a limitação do Enterprise Value?

Embora o EV seja um importante indicador para mostrar o valor justo de aquisição de uma empresa, ele também possui algumas limitações.

Isso acontece pelo fato de existirem distorções entre o cálculo do EV e o valor que é praticado no mercado secundário que considera outros fatores.

Afinal, as ações negociadas em bolsa não levam apenas em consideração os ativos e passivos de uma empresa, mas também o seu potencial de crescimento.

Nesse sentido, o EV sofre uma limitação pelo fato de depender dos demonstrativos financeiros da empresa.

Ou seja, em três meses até que seja publicado um novo demonstrativo, o valor da organização já pode ter mudado.

Ademais, alguns setores como o de tecnologia na qual podemos colocar como exemplo a Microsoft do Bill Gates, também possuem um valor significativo de dívidas para financiar o seu crescimento, e isso pode distorcer a comparação entre setores diferentes.

Como calcular o Enterprise Value?

A fórmula do Enterprise Value leva em consideração 4 variáveis: ativos não-operacionais, caixas e equivalentes, dívidas e capitalização.

Os ativos não operacionais são aqueles que mesmo alienados não são capazes de causar prejuízo na operação da empresa, como exemplo podemos citar o aluguel de imóveis, empréstimos e participação em outras organizações.

Caixas e equivalentes são a quantidade que a empresa possui em cash, ou seja, aplicações financeiras de curto prazo.

As dívidas incluem todo o valor que a empresa precisa honrar no curto e longo prazo e inclui apenas aquelas de tipo financeiro, como linhas de crédito e títulos de dívida, excluindo as dívidas operacionais com fornecedores.

Já a capitalização é a precificação da companhia que resulta da cotação unitária de suas ações no mercado, multiplicado pelo valor total de ações existentes. Ao juntar as 4 variáveis, a fórmula fica da seguinte maneira:

EV = capitalização + dívida – caixas e equivalentes – ativos não operacionais

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