Sempre que o final de abril se aproxima, inúmeros investidores descobrem o quanto a vida poderia ser mais fácil se tivessem feito o controle mensal de IR em Bolsa de Valores.
Todavia, deixar para apurar seus resultados mensais na véspera de ter que entregar a declaração nunca é uma boa ideia.
Afinal, além de todo o trabalho acumulado, você também terá que pagar multas e juros por recolher o IR atrasado.
Por isso, leia este artigo para aprender a maneira correta de controlar seu imposto de renda mensal e facilitar sua vida no momento de entregar a declaração de IRPF.
Índice
Antes de mais nada, para fazer o controle mensal de IR em Bolsa de Valores, você precisará seguir os passos abaixo e repeti-los todos os meses.
Assim, na sua próxima declaração anual os dados já estarão compilados e prontos para serem colocados no programa da Receita.
Para facilitar, dividimos esse processo nestes 7 passos listados abaixo:
Fácil, não?! Então, vamos lá:
Antes de mais nada, é fundamental que você tenha “em mãos” todas as informações que vai precisar.
Somente assim você poderá calcular seu imposto de renda sem detalhes e não terá que parar seus cálculos pela metade para “correr atrás” do que está faltando.
Felizmente, todas as informações que você vai precisar nesta etapa estão em suas notas de corretagem e sua corretora é obrigada a lhe fornecer sempre que solicitada.
Portanto, basta pedir todas as notas de corretagem emitidas durante aquele determinado mês e pronto: Você já tem o que precisa para começar a fazer o seu controle mensal de IR em bolsa.
Neste passo, as coisas ficam um pouco mais trabalhosas… Mas fique tranquilo, não é nada demais!
Tudo o que você vai fazer é apurar seu lucro em cada operação que realizou.
Para isso, lembre-se de ter o controle do preço médio das ações em sua carteira, já descontando custos operacionais como taxas e emolumentos.
Ao fazer isso, você irá descobrir o resultado líquido que cada operação gerou individualmente, seja lucro ou prejuízo.
Aqui, você desconta custos operacionais e outros valores que foram necessários desembolsar para que a operação fosse executada.
Por agora, não interessa muito saber se a operação foi de ações, opções, day trade, etc., mas no tópico abaixo vamos falar mais sobre isso. Continue lendo!
Agora sim, vamos nos preocupar se a operação foi normal (compra e venda de ações em datas diferentes), day trade (compra e venda de ações no mesmo dia), opções, fundos imobiliários, mercado futuro, etc.
Essa divisão é importante porque, como veremos no passo seguinte, cada tipo de operação terá suas próprias regras de imposto de renda e devem estar separadas em seu controle mensal de IR.
Em seguida, após separar as operações por tipo, basta somar todos os resultados líquidos individuais (encontrados no item anterior) para encontrar o resultado líquido por tipo de operação.
Ou seja, quanto você ganhou ou perdeu em day trade, em operações normais, opções, etc.
Com cada um destes resultados em mãos, você está bem próximo de saber quanto terá que recolher de Imposto de Renda e, melhor ainda, qual foi o seu verdadeiro resultado na bolsa de valores durante aquele mês.
Fazer o controle mensal de IR também envolve aproveitar as perdas de meses anteriores para pagar menos imposto de renda, compensando os lucros deste mês, que serão tributados.
Assim, basta subtrair de seus lucros o saldo de prejuízo acumulado.
Por este e outros motivos, é fundamental que você tenha um excelente controle de seus resultados na bolsa de valores.
Da mesma forma que separamos o resultado líquido do mês por tipo de operação (no passo 3), você também deve separar os prejuízos acumulados por tipo de operação.
Afinal, o prejuízo em day trade não pode compensar lucros em operações normais, por exemplo.
DICA: Lucros isentos em operações normais (em meses que as vendas de ações não superam os R$20.000,00) não precisam ser compensados com prejuízos anteriores já que estão isentos de imposto de renda.
Agora que você já sabe em qual tipo de operação teve lucro líquido positivo e tributável, pode finalmente aplicar a alíquota de IR referente.
Um resumo das alíquotas de IR sobre os diferentes tipos de operações é:
Em seguida, após aplicar cada uma destas alíquotas em seu controle mensal de IR, você saberá exatamente quanto precisa pagar de imposto de renda.
Após passar por todos os passos anteriores, finalmente chegou a hora de gerar e pagar o DARF, que é o documento utilizado para pagar o imposto de renda mensal.
Dessa forma, o valor do DARF deve ser a soma total dos impostos devidos em cada um dos tipos de operações que você realizou.
Para gerar DARF você pode utilizar a Calculadora de IR da Bússola de Investidor. Da mesma forma, para fazer o pagamento, basta acessar seu banco pela internet, celular ou até mesmo ir ao banco.
Uma curiosidade é que o DARF não deve ter o valor inferior a R$10,00.
Ou seja, caso você esteja devendo um IR inferior a este valor, você deve esperar os próximos para somá-lo a impostos futuros, até que o valor ultrapasse os R$10,00.
DICA: Não é necessário gerar o DARF para cada tipo de operação.
Calcular e pagar o IR mensal não é uma coisa simples, embora também não seja tão complicado como muitos imaginam.
Por isso, é muito importante que você faça cada um destes cálculos de maneira organizada para poder manter um histórico de seu desempenho mensal na bolsa.
Além disso, o controle mensal vai facilitar sua vida quando chegar o momento de preencher a declaração de imposto de renda no ano seguinte.
Então, continue navegando pelo nosso blog. Veja!
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2 Comments
Excelente matéria.
Parabéns pela matéria. Clara, concisa e fácil de entender.