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Renda Variável

Margem de Garantia e Venda a Descoberto

Bússola do Investidor
outubro 3, 2009

Vender a descoberto é vender o que não se possui, com a intenção de recomprar mais barato em um segundo momento. Esta operação tem a curiosa característica de não exigir nenhum capital inicial. Pelo contrário: em um primeiro momento, entra dinheiro no caixa do investidor.

Tanto ações quanto opções podem ser vendidas a descoberto, mas há uma diferença crucial. Vender uma ação a descoberto implica em tomá-la emprestada de outro investidor “comprado” (embora a corretora providencie isso automaticamente), e o número de ações no mercado continua o mesmo. Já vender uma opção a descoberto “cria” um novo papel no mercado. O número de opções circulando depende unicamente de haver compradores e vendedores fechando negócios. Assim, é mais apropriado dizer que o investidor “lança” opções.

Em qualquer caso, venda a descoberto possui um grande risco inerente: o preço do ativo pode disparar e o investidor pode não ter dinheiro para recomprá-lo. E este risco é potencialmente infinito, pois o preço pode subir infinitamente. Um investidor “comprado” não enfrenta este risco, pois um papel não pode ter valor menor que zero. Além do risco para o investidor, a venda a descoberto também cria um risco sistêmico, pois se o investidor “vendido” não puder honrar sua obrigação, outros investidores poderão ser lesados, e isto diminuiria a confiança geral no mercado como um todo. O investidor “comprado”, que alugou ações, corre o risco de não recebê-las de volta. O detentor de opções, emitidas por um investidor quebrado, não poderia exercer seu direito.

Devido ao risco de lesar terceiros, qualquer venda a descoberto demanda algum tipo de garantia por parte do investidor “vendido”, o que significa dizer que a venda a descoberto não pode ser “gratuita”. Como o preço de uma ação pode subir até o infinito, a única garantia perfeita para uma venda a descoberto de ação é a própria ação. Dinheiro não serve. Fornecer tal garantia inviabilizaria a operação, já que os ganhos com a venda a descoberto são perfeitamente cancelados pelas perdas com a ação “comprada” que foi depositada como garantia. No lançamento de opções de compra, a garantia perfeita também é a ação subjacente (exemplo: vender PETRA50 e dar PETR4 em garantia). Neste caso, se a opção for vendida a bom preço, a operação ainda pode valer a pena, embora o rendimento sobre o capital seja relativamente modesto. No caso das opções de venda, que ganham valor conforme a ação subjacente desce a ladeira, é possível constituir uma garantia perfeita apenas com dinheiro: o montante do strike da opção. Para ambas as opções, lançar coberto exige muito capital, e sem guardar nenhuma proporção com as reais chances de exercício e/ou com o valor da opção lançada. Isto inviabiliza o lançamento de opções muito baratas, out-of-the-money.

Índice

  • O ótimo é inimigo do bom
  • Leite condensado
  • Estimando a paranóia
  • Válvula de segurança

O ótimo é inimigo do bom

Felizmente, existe o mecanismo de MARGEM, que viabiliza a venda a descoberto (ou lançamento) de qualquer ativo. Margem é uma garantia em dinheiro, retida automaticamente pela corretora por ocasião de uma venda a descoberto. A idéia central da margem é fornecer uma garantia 99% segura. Abrindo mão de uma garantia 100% segura, diminui muito a exigência de capital, e a garantia pode ser dada exclusivamente em dinheiro. Por exemplo, suponha que um mercado hipotético não possa oscilar mais que 10% ao dia, para cima ou para baixo. Neste mercado, uma ação XYZ é vendida a descoberto por $500. Neste mercado, a margem poderia ser, digamos, de uns $150 (30% de $500), para dar ao investidor uns três dias de folga para liquidar a operação no caso mais desfavorável, que é o mercado subir 10% todo dia seguidamente. A margem é calculada no dia da operação (margem inicial) e recalculada diariamente até a operação ser fechada. A diferença (margem de variação) é cobrada ou devolvida à conta do investidor numa base diária.

No exemplo fantasioso de antes, se a cada dia que o mercado subisse 10%, o investidor teria de depositar mais margem, diariamente ($50 no primeiro dia, $55 no segundo dia) de modo a manter a promessa inicial que é garantir até três dias ruins. Num mercado real, bastam dois dias de garantia contra mercado desfavorável, e este é o critério utilizado nos cálculos reais de margem. Isto dá um dia de tempo para identificar investidores quebrados, e mais um dia para lidar com eles.

Vamos analisar uma situação hipotética de quebra, de um investidor que não pôde cobrir uma chamada de margem:

Dia 0 * Margem inicial: $1000 (calculada no fim do dia)

Dia 1 * Margem retida: $1000 * Nova margem calculada: $1500

Dia 2 * Mais $500 são retidos a título de margem (1500 – 500) * Nova margem calculada: $1900

Dia 3 * Investidor não tinha os $400 adicionais na conta * Chamada de margem * Investidor não tem dinheiro para atender à chamada de margem * Nova margem calculada: $2500

Dia 4: * Posições do investidor são liquidadas preemptivamente, pela recompra dos títulos vendidos a descoberto, a um custo de $850 * Margem retida ($1500) é devolvida à conta * Investidor recebe de volta o saldo residual de $650

No exemplo, a quebra aconteceu no dia 3, mas a posição só foi zerada no dia 4. Felizmente, a margem retida até o dia 2 era suficiente para custear a recompra, com folga. O cálculo da margem baseia-se na presunção que o mercado não pode subir ou cair mais que uma certa porcentagem. Esta porcentagem é determinada por meio de técnicas estatísticas. Naturalmente, nada garante que o mercado vá “obedecer” a este limite determinado. Uma margem que proteja contra dois movimentos de 10% ao dia é monstruosamente segura; mas não é perfeita. O fato é que, se o mercado subir ou cair 20% em dois dias, haverá problemas muito mais prementes a serem resolvidos do que a quebra de alguns investidores “vendidos”.

Leite condensado

É oportuno deixar de lado o mercado por um momento, e analisar um outro problema, aparentemente mais mundano, cuja solução nos ajudará a compreender o cálculo da margem. Considere um supermercado que venda em média 500 latas de leite condensado por semana, com desvio-padrão de 100 latas. Para simplificar, considere que o fabricante faça entregas semanais. Qual o estoque necessário para atender à demanda?

Lembre-se que não pode faltar leite condensado de jeito nenhum, do contrário os clientes ficarão aborrecidos e talvez nunca mais voltem ao estabelecimento. Só que, para atender qualquer demanda possível, o estoque teria de ser quase infinito. Suponhamos que estoure uma guerra nuclear e as pessoas procurem desesperadamente por comida enlatada; você venderia 10.000 latas, em vez das 500 costumeiras. Nem por isso um supermercadista vai manter 10.000 latas em estoque o tempo todo. Se estourar uma guerra nuclear, haverá problemas bem mais graves que a falta de leite condensado. Não faz sentido tentar lidar com uma demanda tão grande.

Felizmente, é possível atender a demandas anormalmente altas com apenas um pouco mais de estoque. De acordo com a distribuição normal, um estoque de apenas 800 latas tem 99,86% de chance de atender à demanda semanal. Não é uma garantia de 100%, mas pode ser considerada “perfeita” para todos os efeitos práticos. Como 800 latas correspondem à média mais três desvios-padrões, dizemos que este estoque proporciona segurança contra eventos “sigma-3”, ou seja, contra semanas cuja venda afaste-se da média, em até três desvios-padrões. Informalmente, podemos dizer que o sigma é uma medida da nossa paranoia. Aumentos no desvio-padrão encarecem a segurança contra eventos espúrios. Se o desvio-padrão da venda semanal de leite condensado fosse de 200 em vez de 100, seria necessário um estoque bem mais alto, de 1.100 latas, para obter proteção sigma-3. Outra alternativa seria aceitar um nível de proteção mais baixo (sigma 1.5) e ficar com o estoque de segurança de 800 latas mesmo.

Estimando a paranóia

Voltemos aos mercados de capitais.

Tínhamos definido antes que uma oscilação de 10% ao dia era “quase impossível”. Mas a solidez desse argumento depende do mercado. Num mercado pouco volátil, como o de títulos de renda fixa, oscilar 10% ao dia é para todos os efeitos práticos impossível. Já no caso das ações e opções, oscilar 10% ao dia é algo quase comum. Todo dia, algum título oscila mais que isso na BOVESPA. Precisamos levar em conta a volatilidade do mercado e do ativo em particular para calcular uma oscilação “impossível”. As “blue chips” da BOVESPA tem tido volatilidade de 35% ao ano por esses dias, o que corresponde a aproximadamente 2% ao dia. Para elas, uma oscilação “máxima” de 10% ao dia proporciona uma garantia sigma-5, ou seja, bastante boa. Mas, se considerarmos as “blue chips” durante a crise, elas estavam com volatilidade de até 100% ao ano, ou 5% ao dia. Uma garantia sigma-5 precisa acomodar variações de até 25% ao dia, tornando as margens bastante caras.

Colocando de forma sistemática, o cálculo da margem depende, a priori, das seguintes variáveis:

a) a operação a ser protegida;

b) a volatilidade do papel envolvido;

c) o nível de proteção desejado, ou seja, o “número sigma”;

d) no caso de lançamento de opções, o delta da opção. Infelizmente, a fórmula exata de cálculo de margens é uma “caixa-preta” escondida dentro de um sistema especialista. O valor aparece retido na nossa conta e só resta imaginar como chegou-se até ele. No entanto, como os valores da operação, da volatilidade e do delta são facilmente calculáveis, podemos estimar empiricamente o “sigma” empregado pela CBLC (Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia) com base no valor de uma chamada de margem. A estimativa feita em [1] chegou a um sigma de quase 6, extremamente segura.

Válvula de segurança

Nada, exceto a exigência da margem, impede um investidor qualquer de criar operações monstruosas, que poderiam quebrar o investidor e também o mercado. Assim, embora não seja a função precípua da margem, ela acaba funcionando como uma “válvula de segurança”, impedindo que o investidor arrisque mais do que pode perder. A margem destina-se a proteger o mercado, não o investidor. Mas se o “sigma” for suficientemente alto, a margem é capaz proteger os dois.

O que aconteceria se um investidor conseguisse dispensa do depósito de margem?

A resposta está no livro “When Genius Failed”, que narra a trajetória do fundo LTCM, nos anos 90. A quebra deste fundo de investimentos teve o potencial de abrir um buraco de um trilhão de dólares. Como a estratégia básica do LTCM era a alavancagem extrema do capital do fundo (30:1 ou mais), era preciso evitar ao máximo qualquer comprometimento de capital com margens. Por incrível que pareça, o LTCM conseguiu arrancar esta condição dos seus bancos. Mais recentemente, a crise financeira dos EUA revelou as deficiências de alguns mercados de opções por lá. A falta de uma “CBLC” – ou seja, um controle mais forte em determinados mercados, provavelmente associada à dispensa de margens, ou adoção de sigmas muito pequenos, ou tudo isso junto – causou um efeito dominó, que, a muito custo, foi contido. Outro fator que colaborou para ambos os episódios foi a baixa taxa de juros do mercado estadunidense. Por um lado, os bancos são obrigados a investir de forma “criativa” em derivativos, etc. para obterem lucros melhores, já que os juros em si são muito baixos. Por outro lado, dinheiro barato e abundante estimula alavancagem, ou seja, jogar na Bolsa com dinheiro emprestado.

Por último, como o capitalismo estadunidense é em tese o mais desenvolvido e seguro, criou-se por lá uma ideologia de que:

a) os mercados são “inquebráveis”;
b) se ainda assim quebrarem, é porque aconteceu algum evento apocalíptico;
c) eventos apocalípticos excusam os investidores inadimplentes;
d) não faz sentido ter reguladores fortes (à la CBLC) se as premissas anteriores são verdadeiras. A idéia de ignorar eventos raros e apocalípticos é válida, mas ela é um “fósforo riscado”, pois já serviu para justificar a margem como proteção suficiente (embora imperfeita) para os mercados de capitais. Não faz sentido aplicar repetidamente a mesma idéia. Nem tampouco a existência de margens e câmaras de custódia como a CBLC podem ser tomadas como iniciativas anti-liberalizantes, já que estes dispositivos são justamente os que viabilizam um mercado livre e de fácil acesso a qualquer investidor. (A CBLC brasileira nem sequer pertence ao governo). [1] //www.epx.com.br/d00dzfinance/2009/02/calculo-de-margem-exemplo-real.html

 

Autor: Elvis Pfützenreuter


Bússola do Investidor

A Bússola do Investidor é uma fintech brasileira, fundada em 2007, especializada no mercado de investimentos. Seja através de nossas tecnologias ou conteúdos produzidos, nosso propósito é oferecer ao investidor as melhores ferramentas para investir de forma descomplicada.

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